domingo, 8 de agosto de 2010

O pêndulo

Eis que vai... Eis que volta! Como o desespero e o entusiasmo. Rápido o suficiente para impedir uma imagem, lento demais para não deixar uma lembrança. Como uma pedra no sapato, de um lado ao outro, incomoda, mas quando a tiramos parece que algo falta.
Marcar os segundos, dar corda à vida. Eis que vai... Eis que volta! A vontade e o desânimo. A energia de conhecer o mundo, que acaba quando lembramos de seus absurdos. Como os ímpetos de um domingo à tarde, inspiram, mas não nos movem.
O ritmo. Eis que vai... Eis que volta! O controle e o excesso. Como caminhar contando os passos, não impõe os riscos, não desafia, merece o esquecimento.
É preciso provar todas as dimensões do pavor e do conforto. Sentir a falta de algo que não esteve presente é se perder em ilusões alheias. Oscilar e esperar. Eis que vai... Eis que volta!

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