segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Talvez eu me atrase...

Quero sempre certezas e saber o que esperar. Mas de repente me vem um lampejo, talvez um segundo de lucidez que me permite entender que tudo é circunstancial, desde sentimentos até tempestades. Passar por uma encruzilhada e ser atropelado ou tropeçar nos pés da mulher de sua vida. Tudo ocorre das formas mais inusitadas, e até o encontro marcado só ocorre se em algum lugar o inesperado esteja operando. Para alguém as coisas não foram como se esperava para que você chegasse na hora marcada e não perdesse uma chance ou um sorriso. E eu querendo controlar, da melhor forma, trazendo para perto o que insiste em ser arredio, achando assim que conseguiria estar tranqüilo e pisar em terreno firme. Posso alimentar essa minha ilusão, por alguns dias ou meses, mas a crueza das coisas uma hora se apresenta e eis eu mais uma vez desapontado com aquilo que criei em meu espírito. O futuro não existe, pois só ganha materialidade e realização quando se concretiza no presente, por isso talvez o meu desconforto, já que sempre tentei planejar e prever. Mas sempre em algum lugar o imponderável opera. Hoje talvez o meu barco se atrase e eu possa pensar sobre como construir um dique sem jamais barrar o sentido das coisas.

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