quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Era manhã, como qualquer outra. Fria, mas um sol esperado e quente. Os mesmos pensamentos podem contaminar a mente mais sadia, transtorná-la, torná-la abjeta, pouco capaz de construir ilusões ricas de sentido. O que sobra de fantástico se o concreto se impõe como regra? Caminhos de uma rotina acabada se intercalam entre impossibilidades, a presença do azar ou da sorte!
Esperava um gato preto, mas quem cruzou seu caminho foi um coelho branco. Uma grande ironia, ou uma mensagem para pensar, interpretar...

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Escolhas...

Escolhas são feitas todos os dias. Quero a vermelha, melhor assim, melhor assado... Quando é apenas uma camiseta, ou a cor da gravata, é mais simples, até porque muitos mudam de opinião como mudam de roupa. Agora, decidir sobre questões que alteram a vida dos outros, pensar que você tem o poder sobre os rumos e caminhos de outrem, isso exige a responsabilidade dos grandes, do peso que só quem tem ombros largos pode suportar. Retidão, caráter, palavras que parecem perdidas em antigas enciclopédias amareladas, que hoje não fazem sentido para muitos, são poucos que se dispõem a carregá-las e pagar pela sua teimosia.
Mas o erro é algo constante para aqueles que escolhem, que ousam decidir o que seja... Esse tal de livre-arbítrio é a droga das mais fortes, nos convence de que sabemos aquilo que é melhor para nós mesmos, ficamos tentados a arriscar um salto mortal de costas só porque nos disseram que era perigoso. É coragem ou irresponsabilidade... tanto faz, escolher, colocar a Marselhesa para tocar no ouvido dos seus vizinhos é muito fácil, difícil é sair na calçada quando chamarem a polícia.