sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Do que é feita essa experiência etnográfica? Estou me decidindo entre um abandono total a esses chavões clássicos, ou a adoção de que tudo é inventado... Desde o cobrador do ônibus até as moléculas de água. O que é querer ser científico? Se no final alguém vai dizer que não presta... Não quero mais pensar nisso tudo, vou tomar a minha concepção de antropologia como a certa a ser seguida, quem sabe aquela que inventei não seja mais real que o cobrador do ônibus...
Por isso eu digo, "iconoclastas de todo mundo uni-vos!".

domingo, 21 de agosto de 2011

“[...] você não pode estar simultaneamente na escola e no bosque sagrado” (GRIAULE: 1952, p. 164)

sábado, 4 de junho de 2011

Esforços...

A força estaria em aceitar suas fraquezas ou em uma desmedida demonstração de violência contra o mundo? Parecida com a desculpa de um fraco, que se abre ao primeiro divã, ou com a afirmação de um déspota individualista, a verdade não seria meio-termo, mas uma tomada de posição: queres uma vida construindo castelos de areia, ou outra, destruindo-os sob seus pés?

quinta-feira, 19 de maio de 2011

"Existe uma solução segura para todos os atuais problemas do mundo, e ela cabe em uma só palavra: Ateísmo" (Marshall Sahlins).

sábado, 15 de janeiro de 2011

With Fear I Kiss The Burning Darkness

Se fosse apenas mais um assunto mal resolvido, ou mais um brincadeira de corpos não valeria nem mesmo um suspiro. Se não houvesse o medo gelando o sangue a cada instante, há muito já teria partido. Terror, fúria... E o descontrole... Desconhecidamente aterrador, um salto às escuras, mas jamais um segundo perdido.
Cada noite passada em claro, como um perfeito paradoxo escondido na escuridão. Com medo eu beijei a escuridão incandescente, para esquentar meu sangue, para torná-lo forte como a fúria de um deus pagão, para alcançar a eternidade.


With fear I kiss the burning darkness
Forever burn

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Náusea

"Nunca tive tão nitidamente como hoje o sentimento de ser o meu corpo, sem dimensões secretas, de me reduzir aos pensamentos leves que sobem dele como bolhas. Construo as minhas recordações com o meu presente. Sou repelido para o presente, abandonado lá. Tento em vão ir ter com o passado: não posso fugir da minha prisão"
(Jean Paul Sartre - A náusea).

Máquina desejante

Tão frágil e simples. Obscura como uma noite sem estrelas. Passageira e fugidia.
A cada momento que desejo construo uma lembrança com vida própria, que se faz por si, se emancipa... se rebela. Como uma ninhada de pássaros selvagens, de corvos negros em seu vôo inaugural. A cada farfalhar de galhos secos mais uma imagem se forma, e eis que toma vida mais um desejo subrepticiamente idealizado.
Uma máquina desejante de um inconsciente produtivo, não um depósito de velharias, mas um criadouro de feras... Cavalgaduras demoníacas que atropelam toda coisa imaculada pelo caminho, que desfiguram tudo aquilo que era intocado. Só o que pode ser desejado, tocado e liberado é digno de nota.

domingo, 9 de janeiro de 2011


Hoje enterrei minha loucura e abandonei sua primeira parte, o medo... Não arrasto mais o peso daquilo que não nasceu e que nem por um momento existiu.
Não quero os quartos acolchoados das minhas neuroses; se eu os construi posso muito bem derrubá-los, e habitar outras paragens...
Até a bricolagem mais heterogênea possui uma lógica, nada se faz de elementos fora de lugar que não fazem sentido. Para o inferno com essas sandices, está enterrada, sem maiores cerimônias, nem mesmo um velório ou uma lápide. Que as carpideiras arrumem outro ofício.