domingo, 4 de julho de 2010

E fez-se a crítica!

Essa é a era dos discursos. Todos tem um conjunto de belas palavras com as quais engasgam alguns ideais furados. Sempre alguma coisa politicamente correta!
Quantas pessoas boas, corretas e engajadas temos hoje em dia. É algo difícil de entender, nosso mundo em frangalhos, uma crise moral em pleno desenvolvimento, e um bando de paladinos dos verdadeiros valores humanos anti-capitalistas arrotando o certo e o errado por aí.
É... Ideal já diz tudo; é idealizado, é para ficar no plano das idéias, do impraticável. É na verdade o combustível da crítica, de quem não faz e pisoteia aquilo que foi feito, de quem quer se eximir de compromissos mais práticos devido a uma afirmada incompatibilidade de valores.
Há desculpa para tudo, até para a falta de responsabilidade e sentido de realidade.
Os ismos... Marxismos, comunismos, anarquismos, idiotismos, quando adotados como verdades absolutas, são na verdade o falatório de uma tropa, ou vanguarda - como eles mesmos preferem -, que proferem o apocalipse de nossa civilização como quem quer nos salvar de nós mesmos.
Desculpe-me por ser humano! O super-homem nietszcheano do nosso tempo tem capa vermelha e bebe coca-cola, ao mesmo tempo, em que lê o Capital.
E fez-se a crítica!

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