domingo, 4 de julho de 2010

Humano, demasiado humano...

Uma pedra
Agora é a pedra que bate, sem cerimônias, como um músculo negro que apenas reage aos estímulos de meu cérebro. Abandono tudo agora, as belezas e as tristezas, o claro e o escuro, o falso e o verdadeiro. Agora não mais desejo enxergar um palmo além da minha prudência; minha racionalidade me governa, minha ciência é meu refúgio.
Não mais desejo... Almejo, objetivo, quero com o cuidado de quem alimenta uma fera domesticada. Optei pela calma, pelo seguro, pelo seco, pelo entediante. Não mais espero o inesperado, pois calculo ao invés de sentir.
Mato o demônio em mim, para fazer negócio com outro mais burocrático.
Ousar custou-me a alma.
Mas apesar de tudo ainda sou HUMANO, DEMASIADAMENTE HUMANO...

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